domingo, 30 de dezembro de 2007

Teoria

... será que o aumento do nível médio dos oceanos do mundo é devido não ao aquecimento global mas sim ao cada vez maior número de navios?

Em 2004, a Lloyd's Register tinha 113,7 milhões de toneladas de arqueação bruta registados, o que equivale a 321,8 milhões de metros cúbicos de "navio".

Considerando que um navio não está completamente submerso e que a arqueação bruta compreende não só o espaço de carga mas todos os demais espaços a bordo de um navio, considerarei apenas metade deste valor como estando submerso. Assim, e tendo em conta que os Oceanos e mares do planeta totalizam, aproximadamente, 510 milhões de quilómetros quadrados, estes navios implicariam um aumento de 0,3 micrómetros no nível médio da água do mar. Dá que pensar, não? ^^

Do you smoke?

Sou fumador. 

Fumo porque gosto, pelo prazer que me dá inspirar o fumo e sentir a nicotina apoderar-se de mim. Sei muito bem os males do tabaco, tal como todos os fumadores. Sei, também, que é incómodo entrar-se em muitos sítios e ser-se obrigado a fumar o fumo usado dos outros, eu mesmo me sinto às vezes incomodado. 

A preocupação do Estado Português pela saúde do tuga é, à partida, de louvar. Pensar que eu comecei a comprar tabaco quando um Português (na altura "Suave") 'vermelho' custava pouco mais de 350 escudos (para os mais distraídos, 1 EUR = 200,482 ESC) e agora, pouco mais de 6 anos depois, custa 3 euros, sendo que não vai parar por aqui... 

Porquê? 

Porque o Estado diz preocupar-se com a saúde tuga. Isto seria verdade se os 80% do custo de cada maço de tabaco que é inflacionado pelo Estado fosse usado para tratar quem sofre de doenças causadas pelo fumo, para descobrir eficientes meios de largar o vício e para ajudar quem se compromete a largá-lo. A única preocupação do Estado é, na verdade, arranjar mais receitas, de tal modo que, em inícios de 2006 ou 2007 (já não me recordo com exactidão), o Ministro das Finanças afirmou que, devido à significativa queda nas vendas de tabaco, ter-se-iam que encontrar novas formas para continuar a que a mesma quantidade de dinheiro entre nos cofres do Estado. 

Isto é preocupação? 

O mais giro é a nova lei que entrará daqui a pouco mais de 24 h em vigor que proíbe o fumo em muitos locais públicos, tais como restaurantes, discotecas, estabelecimentos de ensino e centros comerciais, com muitas condicionantes e excepções pelo meio que exigem áreas mínimas e máximas entre muitas outras.

É uma obsessão cega a quem gosta de fumar. 

Eu não sou anormal. 

Há quem goste de carros rápidos, quem goste de cerveja, quem goste do Tony Carreira ou de Metallica... eu gosto de fumar... e de Metallica... e de cerveja. É assim que se pretende diminuir o tabagismo? Quanto a mim é porreiro: em vez de uma pausa de 5 minutos para puxar um LM 'vermelho' (mudei de marca, entretanto...) a meio da aula, demorarei mais tempo a descer ao pátio e a subir de volta à sala, levando os mesmo 5 minutos para o fumar. Quem perde, sei-o muito bem, sou eu, mas ainda sou livre para fumar na rua e, enquanto o puder fazer, fá-lo-ei.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Alívio

É incrível como ao recebermos a resposta passamos de um estado de pânico para outro de completo êxtase num pequeno instante. Aquela ansiedade enquanto vemos o responsável carimbar, assinar, agrafar montes de folhas... até que chama o nosso nome e, ansiosamente, procuramos a frase mágica: ler "Aprovado com 2 respostas erradas" foi a melhor composição que li em muitos dias. Estou feliz [e hoje pouco incomodado...].

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Transporte Público de Gado

Estou plenamente ciente da importância dos Transporte Públicos, seja para o meio ambiente, para quem não tem posses que permitam sustentar um veículo particular ou, sobretudo, para o impacto visual que os milhares de veículos particulares causam em todas as cidades mundiais. ... por via da necessidade, uso diariamente os Transportes Públicos e se é um prazer ser conduzido até ao destino, é um tormento o tempo de espera em transbordos e é sobretudo um tormento a companhia.

De manhã apanha-se um qualquer comboio ou autocarro apinhado: vai-se em pé. À tarde, no regresso a casa, o prato é o mesmo: em pé. As fragrâncias emanadas pelos demais passageiros também ajuda à festa, pois logo de manhã, incompreensivelmente, há quem feda (à tarde é compreensível, pois depois de um dia de trabalho, é normal que se tenha suado um bocado...)!

... mas a isto estou eu habituado.

O pior é o comportamento das pessoas de menor instrução, vulgo chungas, kitas, dreads, niggas, gypsies e toda essa escumalha que infelizmente prolifera pelas ruas dos arredores de Lisboa. Esses animais, que carinhosamente chamo de gado, não se entendem mutuamente senão comunicarem aos berros, quer seja em dialecto ou em algo parecido com português (nota: nos dias de hoje, nem os Portugueses falam e, muito menos, escrevem a sua língua-mãe, quanto mais a escumalha) incomodando quer quer que se instale no interior dos veículos. Asneiras, grunhidos, risos descontrolados, pontapés... tudo isso é prática comum. E ninguém diz nada. Alguns têm orgasmos ou recebem, de algum modo, manifestações de respeito ou admiração por vandalizarem os "bancos de trás", seja queimando-os, rasgando-os, "pastilhando-os", cortando-os, pintando-os e outras coisas mais, como, supra da estupidez, riscar os vidros com calhaus.

A última moda são os telemóveis com capacidade para músicas mp3 completas: esta gente já não é pausada por usar um leitor de mp3, um discman ou um walkman mas sim por pôr o seu telelé estridente a cantar para toda a gente (a vontade de um a impor-se à vontade de todos), isto quando os bichos não põem mais que um a tocar simultâneamente.

Mais uma vez, ninguém diz nada.

Já agora, a de hoje foi ter que aturar a cria mais jovem de uma babuína a gritar a plenos pulmões num autocarro por 40 minutos. Perguntam-se o que fazia a matriarca? Perguntava ao macaquinho o que queria. Ele chorava mais... e ela continuava a perguntar. Chegou uma certa altura em que começou a imitar o bicho a chorar... Imaginam o quadro? Cria e matriarca a chorarem simultaneamente num autocarro? Ninguém disse nada. Saí de lá com a cabeça feita em água (e também não disse nada).

... república das bananas? Planeta dos macacos? Mais uns meses e soluciono, pelo menos para mim, esta problemática, transportando-me particularmente: a música é a que eu quero, assim como a companhia e os cheiros; tenho lugar reservado, grande espaço para transportar o que quiser e, melhor, fim dos transbordos e esperas... e as filas de trânsito serão as mesmas.

Querem melhor?

... peçam para se baixar o preço dos combustíveis ou então peçam uma bomba espanhola (... talvez mais!) bem no centro de Lisboa.