terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Transporte Público de Gado

Estou plenamente ciente da importância dos Transporte Públicos, seja para o meio ambiente, para quem não tem posses que permitam sustentar um veículo particular ou, sobretudo, para o impacto visual que os milhares de veículos particulares causam em todas as cidades mundiais. ... por via da necessidade, uso diariamente os Transportes Públicos e se é um prazer ser conduzido até ao destino, é um tormento o tempo de espera em transbordos e é sobretudo um tormento a companhia.

De manhã apanha-se um qualquer comboio ou autocarro apinhado: vai-se em pé. À tarde, no regresso a casa, o prato é o mesmo: em pé. As fragrâncias emanadas pelos demais passageiros também ajuda à festa, pois logo de manhã, incompreensivelmente, há quem feda (à tarde é compreensível, pois depois de um dia de trabalho, é normal que se tenha suado um bocado...)!

... mas a isto estou eu habituado.

O pior é o comportamento das pessoas de menor instrução, vulgo chungas, kitas, dreads, niggas, gypsies e toda essa escumalha que infelizmente prolifera pelas ruas dos arredores de Lisboa. Esses animais, que carinhosamente chamo de gado, não se entendem mutuamente senão comunicarem aos berros, quer seja em dialecto ou em algo parecido com português (nota: nos dias de hoje, nem os Portugueses falam e, muito menos, escrevem a sua língua-mãe, quanto mais a escumalha) incomodando quer quer que se instale no interior dos veículos. Asneiras, grunhidos, risos descontrolados, pontapés... tudo isso é prática comum. E ninguém diz nada. Alguns têm orgasmos ou recebem, de algum modo, manifestações de respeito ou admiração por vandalizarem os "bancos de trás", seja queimando-os, rasgando-os, "pastilhando-os", cortando-os, pintando-os e outras coisas mais, como, supra da estupidez, riscar os vidros com calhaus.

A última moda são os telemóveis com capacidade para músicas mp3 completas: esta gente já não é pausada por usar um leitor de mp3, um discman ou um walkman mas sim por pôr o seu telelé estridente a cantar para toda a gente (a vontade de um a impor-se à vontade de todos), isto quando os bichos não põem mais que um a tocar simultâneamente.

Mais uma vez, ninguém diz nada.

Já agora, a de hoje foi ter que aturar a cria mais jovem de uma babuína a gritar a plenos pulmões num autocarro por 40 minutos. Perguntam-se o que fazia a matriarca? Perguntava ao macaquinho o que queria. Ele chorava mais... e ela continuava a perguntar. Chegou uma certa altura em que começou a imitar o bicho a chorar... Imaginam o quadro? Cria e matriarca a chorarem simultaneamente num autocarro? Ninguém disse nada. Saí de lá com a cabeça feita em água (e também não disse nada).

... república das bananas? Planeta dos macacos? Mais uns meses e soluciono, pelo menos para mim, esta problemática, transportando-me particularmente: a música é a que eu quero, assim como a companhia e os cheiros; tenho lugar reservado, grande espaço para transportar o que quiser e, melhor, fim dos transbordos e esperas... e as filas de trânsito serão as mesmas.

Querem melhor?

... peçam para se baixar o preço dos combustíveis ou então peçam uma bomba espanhola (... talvez mais!) bem no centro de Lisboa.

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