domingo, 8 de maio de 2011

(Sem Título)

Parece que é incontornável o facto de haver sempre algo errado. Por mais sacrifícios que faça, parece que há sempre um algo ou alguém que me arruína o estado de espírito. Como os bons Portugueses costumam dizer, se não for do cu será das calças. Eu acrescento que também pode ser dos dois.

Sinto-me a ser estrangulado enquanto as minhas mão estão presas, impotente. Quero fazer, quero dar, assegurar. Apetece-me rosnar, morder até aqueles abutres e víboras, mas não me cabe a mim fazê-lo. Entristece-me vê-la rodeada de pessoas interesseiras, falsas, oportunistas. Enojam-me aqueles sorrisos, abraços e festinhas nos ombros quando é precisa. Enojam-me mensagens ocas publicadas em redes sociais. Entristecem-me faltas respeito, de consideração. Entristece-me não a falta de reconhecimento em si mas a metamorfose que certas atitudes tomam consoante as situações. As discussões desmotivam-me. As forças desaparecem-me e as rugas despertam.

Sinto-me triste por tudo.

Mais uma vez quero berrar. Apenas berrar, sem nada dizer porque tudo já foi dito vezes e vezes sem conta. Apetece-me chorar. Continuo a não conseguir, embora ontem tenha soluçado no ombro dela - efeito do álcool, quiçá. Continuo a querer fugir, mas o Mar já não me alicia como antigamente.

De dia para dia me começo a convencer que a solução acabará por passar por algo como amor e uma cabana à beira-mar... eu e ela.

1 comentário:

JP disse...

Infelizmente na vida não existem aquelas fórmulas às quais nós estamos habituados a recorrer para resolver os problemas...