sábado, 30 de janeiro de 2010

Clandestino

Todos temos os nossos rituais e manias.

O meu ritual matinal é começar por praguejar com palavras feias o despertador, a necessidade de me levantar e o frio relativo que faz fora do cobertor, indo em modo automático satisfazer as minhas necessidades fisiológicas. Depois, cara e dentes, praguejando agora com a temperatura da água (não há água quente nos lavatórios dos balneários...). Por fim encaminhar-me para a cozinha. Lá... faz-se magia todos os dias!

A receita: uma taça almoçadeira, uma colher (pode ser de sopa ou de sobremesa, ao gosto de cada um), leite fresco e chocapic. Mistura-se tudo e degusta-se longa e pausadamente. Este simples gesto, que em média ocupa 15 minutos do meu dia, permite-me sair à rua bem disposto e com o estômago satisfeito, logo após o duche e uma segunda lavagem aos dentes.

... dias há em que o ritual não é completo, regra geral porque os lençóis eram demasiado fortes comparados com o dever de me levantar, e nesse caso o chocapic fica de fora da equação.

O que vale é que em praticamente qualquer café vendem o twix que, mesmo não chegando aos calcanhares do chocapic, me permite repor a dose diária imprescindível de chocolate no organismo.

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

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