segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amour

Die Liebe ist ein wildes Tier (o amor é um animal selvagem)
Sie atmet dich sie sucht nach dir
(ele cheira-te, procura-te)
Nistet auf gebrochenen Herzen
(aninha-se sobre corações desfeitos)
Geht auf Jagd bei Kuß und Kerzen
(caça onde há beijos e velas)
Saugt sich fest an deinen Lippen
(chupa delicadamente os teus lábios)
Gräbt sich Gänge durch die Rippen
(e escava túneis nas costelas)
Läßt sich fallen weich wie Schnee
(cai ao de leve como neve)
Erst wird es heiß dann kalt am Ende tut es weh
(quente ao início, depois frio, no fim magoa)

... talvez se aplique ao meu estado actual.

Há mais de uma década que sei que o consumo continuado de cafeína altera o meu sistema nervoso, culminando num estado de ansiedade profunda.

Mais uma vez, assumi que já não sofria deste mal e pus-me a beber café à maluca, para dormir pouco e ter os olhos abertos durante e depois do trabalho. De há um mês para cá, noites de 2 ou 3 horas de sono são comuns e, no dia a seguir, 4 ou 5 cafés duplos ajudam a manter a pestana bem aberta.

Mas lá está, a ansiedade começa-se a manifestar. Eu já tenho consciência que me sinto paranóico com quase tudo, desconfiado e descrente de tudo ou todos, com humor inconstante. Apetece-me trabalhar quando estou em casa; quando trabalho apetece-me estar com amigos; quando nos encontramos, quero é ir para casa...

Depois, há que acrescentar as atitudes de pessoas. Reacções já conhecidas mas ainda assim incompreensíveis. Birras que nem gente pequena por qualquer coisa que desagrade minimamente o seu umbigo geocêntrico. I'm sick and tyred of never getting back what I give. Realmente, porque não afastar-me?

Porque não sou apologista de virar as costas a tudo o que não nos agrada. Porque ninguém é perfeito. Porque até agora as virtudes superam os defeitos. Porque... erm... serei eu masoquista?!

Acho que está na hora de deixar o café outra vez. Venham de lá os cigarros e a música bem alta nos ouvidos! ... acho mesmo é que está realmente na hora de me afastar.

... e mais uma vez, para não fugir à regra, os Rammstein é que a sabem toda.

Die Liebe ist ein wildes Tier
(o amor é um animal selvagem)
Sie beißt und kratzt und tritt nach mir
(ele morde-me e arranha-me e pontapeia-me)
Hält mich mit tausend Armen fest
(agarra-me com a força de mil braços)
Zerrt mich in ihr Liebesnest
(e arrasta-me para o seu ninho)
Frißt mich auf mit Haut und Haar
(devora-me até a pele e o cabelo)
und würgt mich wieder aus nach Tag und Jahr
(e sofoca-me todos os dias e anos)
Läßt sich fallen weich wie Schnee
(cai ao de leve como neve)
Erst wird es heiß dann kalt am Ende tut es weh (quente ao início, depois frio, no fim magoa)

P.S.: alguém para os ver no Rock in Rio 2010?

Sem comentários: